sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Impressões sobre as nossas oficinas...




Impressões sobre a oficina teórico prática “DNA fingerprint – Impressão digital genética”, oferecida aos alunos do ensino médio do Instituto Estadual de Educação

Angélica F. Maris e Gabriela de Medeiros


A nossa oficina foi realizada no dia 20 de setembro (2008), um sábado, pela manhã, juntamente como outras oficinas oferecidas pelos demais alunos desta disciplina. Por se tratar de um dia apenas com estas atividades “extra-classe”, foi impressionante ver a quantidade de alunos presentes e ansiosos para participar das mesmas. Participaram de nossa oficina cerca de oito alunos, a maioria do segundo ano do ensino médio.
Iniciamos a atividade recapitulando alguns conceitos básicos de genética, como aonde podemos encontrar o DNA, a sua estrutura, algumas propriedades, etc. Em seguida os alunos foram apresentados às regiões genômicas utilizados na identificação forense, suas características, e aos métodos de biologia molecular que auxiliam nesta identificação. Finalizando a parte teórica da oficina, foram narrados alguns casos interessantes que marcaram a história da genética forense, feitos alguns estudos de caso com resolução através de fotos de géis contendo bandas e também expomos alguns possíveis usos dessas técnicas de identificação, inclusive fora da área forense. Estivemos abertas às perguntas, que foram bastante numerosas e pertinentes, durante toda a apresentação. Fomos também surpreendidas pelo conhecimento prévio dos alunos sobre o tema, já que a genética não é muito profundamente abordada no ensino médio, e sendo a maior parte no terceiro ano.
Por último foi realizada uma prática de extração de DNA de células da mucosa bucal (protocolo em anexo), utilizando apenas substâncias cotidianas de fácil obtenção, como água mineral, detergente, álcool e sal de cozinha, cujo protocolo foi gentilmente cedido pelo mestrando do laboratório de polimorfismos genéticos (UFSC) Tiago Moretti. A prática foi uma atividade fundamental na oficina, pois teve o papel de familiarizar os alunos com uma molécula que ao mesmo tempo em que é muito popular, tanto na mídia quanto nos livros escolares, é bastante abstrata. Durante a prática, conforme os “ingredientes” eram adicionados, foram realizadas explicações de como estes estavam interagindo com a célula/DNA e qual a função dessa interação para o nosso objetivo final: isolar e visualizar o DNA. Alguns professores de ciências/biologia da instituição presenciaram esta prática e receberam cópias do protocolo, mostrando interesse em realizá-la em suas aulas.
Em suma, a oficina foi uma experiência bastante interessante, pois nos possibilitou um contato mais próximo com estudantes do ensino médio, que por muitas vezes foram os sujeitos de nossas discussões em sala de aula. Apesar da heterogeneidade que existe entre as turmas de uma mesma escola e até mesmo dentre os diferentes alunos, a nossa pequena amostra de estudantes nos permitiu conhecer algumas de suas dúvidas e interesses de forma mais direta, contribuindo grandemente para a nossa formação como professores de biologia.






Impressões sobre a oficina teórico prática “Noções básicas de DNA”, oferecida as alunas de pedagogia da Universidade Federal de Santa Catarina.

Angélica F. Maris e Gabriela de Medeiros


Esta foi uma oficina diferente, onde nossa tarefa foi abordar o reverso do ensino, ao invés de darmos uma oficina aos alunos, a damos as “ensinantes” - as futuras professoras. Nossa participação foi como parte de uma disciplina da pedagogia que aborda tópicos de várias disciplinas, e a nossa oficina foi realizada com o objetivo de familiarizar melhor as alunas e futuras professoras do ensino fundamental com a molécula de DNA.
Realizada em uma quinta-feira, dia 30 de setembro (2008), no final da tarde, em um tempo correspondente a cerca de duas aulas (1 hora e meia), abordamos tópicos ligados diretamente ao DNA. Sua localização, suas propriedades, as aplicações que são feitas com o conhecimento e a manipulação desta molécula. Reforçamos os conhecimentos das estudantes de pedagogia em relação a hereditariedade; abordamos como ocorrem gêmeos dizigóticos e monozigóticos, com a intenção de introduzir certos conceitos relacionados com clonagem; relacionamos células tronco, clonagem terapêutica e terapia celular; falamos de transgênicos e de terapia gênica; discutimos a utilização do DNA para identificação forense e de paternidade. Enfim, de uma maneira o mais simples possível, tentamos esclarecer os mecanismos biológicos e moleculares que estão por trás de todos estes assuntos que circulam muito ativamente na mídia atual, e que, com certeza, volta e meia aparecerão nos questionamentos dos alunos, mesmo daqueles do ensino fundamental.
Sentimos que esclarecemos várias dúvidas que as alunas tinham, apesar do escasso tempo disponível. Acreditamos que também introduzimos noções novas para grande parte das alunas e tivemos a impressão de que a maioria delas se interessou bastante pela oficina, até por que surgiram vários questionamentos e discussões.
Encerramos a aula com o experimento de extração de DNA de células bucais, cujo protocolo foi gentilmente cedido pelo mestrando do laboratório de polimorfismos genéticos (UFSC) Tiago Moretti. Enquanto as etapas de espera, existentes no protocolo do experimento, ocorriam, compartilhamos com as estudantes de pedagogia os artigos que encontramos em exemplares da revista “Ciência Hoje das Crianças".
Para nós, foi uma ótima experiência realizar estas oficinas. Obrigou-nos a buscar formas simples de explicar o complicado, buscar por experimentos que pudessem ser realizados sem material sofisticado, por qualquer professor em uma sala que tenha uma tomada elétrica (para colocar o “rabo quente” necessário para aquecer o nosso banho-maria improvisado em uma caixa de isopor).

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